sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A ESCRITA E A DIVERSIDADE TECNOLÓGICA



A contação de história é tradicional desde os promordios,é pela línguagem oral, que conhecemos nossas origens e resgatamos nossa memória social e coletiva.
O filme NARRADORES DE JAVÉ, esta linguagem fica bem evidente entre a comunidade local.
Os moradores precisavam provar que eram proprietários legítimos das terras ocupadas, porém não tinham registros (documentos) de suas propriedades.
Não tinham conhecimento da leitura e da escrita, o que predominava era a fala.Neste contexto, cada morador contava suas histórias de acordo com seus intereses, para que tivessem legitimidade em suas propiedades.
No filme ficou claro que a escrita é a línguagem do poder, pois apenas os moradores que tinham escrituras poderiam provar esta legitimidade.

(...) "Uma coisa é o fato acontecido, outra coisa é o fato escrito, o acontecido tem que ser melhorado no escrito (...) para que o povo o povo cria no acontecido".
Na era tecnológica, cada novo sistema de comunicação produz exclusão. Antes da invenção da escrita não existia analfabeto. Muitas pessoas por não terem acesso a tecnologia , se recusam a conhecê-la e continuam na oralidade.

O filme CENTRAL DO BRASIL, nos mostra este mesma situação , pessoas que usavam a oralidade para comunicar-se com parentes e amigos, através de cartas e com auxílio de uma escriba,que muitas vezes não era fiel com as pessoas, cobrava pelo serviço e sentia-se no poder.